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O Brasil será tema da mostra de curtas-metragens “48 horas Brasil”, que faz parte do Festival de Cine de Alcalá de Henares, um dos mais antigos festivais de cinema. O evento, que está na sua 38ª edição, acontecerá entre os dias 7 e 15 de novembro, em Madri, e vai exibir as produções brasileiras mais premiadas nos últimos 20 anos. Também estão planejadas a exibição de um longa-metragem, espaços dedicados a música nacional e de discussão sobre a realidade social do país. O diretor Fernando Meirelles, de Cidade de Deus (2002) e da co-produção Ensaio sobre a Cegueira, recentemente lançado nos cinemas do Brasil, é um dos cineastas convidados.

O BNDES anunciou o resultado do Edital de Seleção Pública de Projetos Cinematográficos. Neste ano, 18 filmes serão contemplados pelo artigo 1º da Lei do Audiovisual e dividirão 12,45 milhões de reais. Foram 164 projetos inscritos, 77% na categoria de ficção, 21% de documental e 2% de animação. Da seleção vencedora, 14 projetos já têm contrato de distribuição ou estão em fase de conclusão da negociação, o que não é de se estranhar, pois a política do BNDES é de apoiar os projetos com condições de serem lançados. Na lista de aprovados, há dez filmes do Rio de Janeiro, sete de São Paulo e um de Pernambuco, o que reflete a porcentagem de inscritos- 86% do eixo Rio/São Paulo e 14% de outras localidades.

Confira a lista completa:

Pernambuco - História de um Valente, de Cláudio Barroso.

Rio de Janeiro - A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água, de Sérgio Machado; A Primeira Vez de Priscila, de Rosane Svartman; Alô, Alô, Terezinha, de Nelson Hoineff; Cinco Vezes Favela, Agora Por Eles Mesmos, de Carlos Diegues; Eu e Meu Guarda Chuva, de Toni Vanzolini; Nautilus, de Clewerson Saremba; Olhos Azuis, de José Joffily; Paraísos Artificiais, de Marcos Prado; Somos Tão Jovens, de Antonio Carlos da Fontoura; Uma Professora Muito Maluquinha, de Marcus Figueiredo.

São Paulo - Corações Sujos, de Vicente Amorim; Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, de Beto Brant; Heleno, O Homem Que Chutava Com A Cabeça, de José Henrique Fonseca; Identidade, de Tadeu Jungle; Mano, de Laís Bodanzky; Tarsilinha, de Kiko Mistrorigo e Um Dia, de Jeferson De.

O filme de Bruno Barreto, Última Parada 174, foi o escolhido pela Secretaria do Audiovisual para representar o Brasil na disputa por uma vaga à indicação de melhor filme em língua estrangeira no Oscar 2009. A comissão que elegeu o filme, presidida pelo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Silvio Da-Rin, foi composta pelos jurados Antonio Alfredo Torres Bandeira, Cleber Eduardo Miranda dos Santos, Silvia Maria Sachs Rabello, Maria Dora Genis Mourão, Giba Assis Brasil e Paulo Sérgio Almeida.

Estavam na disputa outros 13 filmes: A Casa de Alice, de Chico Teixeira; A Via Láctea, de Lina Chamie; Chega de Saudade, de Laís Bodanski; Era Uma Vez, de Breno Silveira; Estômago, de Marcos Jorge; Meu Nome Não É Johnny, de Mauro Lima; Mutum, de Sandra Kogut; Nossa Vida Não Cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro; Olho de Boi, de Hermano Penna; Onde andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado; O Passado, de Hector Babenco; Os Desafinados, de Walter Lima Júnior e O Signo da Cidade, de Carlos Alberto Riccelli.

O filme de Bruno Barreto é uma ficção baseada na história real de Sandro Barbosa, sobrevivente da chacina da Candelária, que seqüestra, em 2000, um ônibus na zona sul do Rio de Janeiro. O episódio já havia sido retratado no documentário Ônibus 174 de José Padilha. Última Parada 174 vai abrir o Festival do Rio e tem estréia prevista para 24 de outubro.

A Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Fundação Padre Anchieta, lançou um concurso com o tema "São Paulo - essa Metrópole" para incentivar a produção de filmes para a televisão. Cada um dos quatro projetos selecionados vai receber 600 mil reais e será exibido pela TV Cultura, em 2009. Também serão escolhidos dez roteiros de filmes para a TV e os premiados receberão 40 mil reais cada. Ao todo serão oferecidos quatro milhões de reais, além de equipamentos e estúdios de gravação. Mais informações sobre o projeto podem ser encontradas no site www.cultura.sp.gov.br. Outras iniciativas de incentivo são o Programa de Ação Cultural, o Fomento ao Cinema Paulista e o Programa Vá ao Cinema, focado na distribuição de ingressos para estudantes da rede pública do Estado.

O 10° Festival do Rio, que acontecerá entre os dias 25 de setembro e 9 de outubro, anunciou os nomes escolhidos entre os 80 longas-metragens brasileiros inscritos para a mostra Première Brasil, única sessão competitiva do festival. Os filmes concorrerão nas categorias ficção, documentário, curta-metragem, direção, ator e atriz. Fora da mostra competitiva serão exibidas cinco ficções, entre elas A Erva do Rato, de Julio Bressane, apresentada no Festival de Veneza (02/09), e cinco documentários, como O Homem Que Engarrafava Nuvens, de Lírio Ferreira, e Garapa, de José Padilha, além da mostra Retratos e a Cenas do Rio. Na abertura, será exibido o filme Última Parada 174, de Bruno Barreto, ficção baseada no episódio real do seqüestrador do ônibus 174, no Rio de Janeiro.

Na categoria ficção estão Feliz Natal, de Selton Mello; A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele; Juventude, de Domingos Oliveira; Vingança, de Paulo Pons; Apenas o Fim, de Matheus Souza; Rinha, de Marcelo Galvão; Se Nada Mais Der Certo, de José Eduardo Belmonte, e Verônica, de Maurício Farias. Os documentários para a mostra competitiva também já foram escolhidos: Cantoras do Rádio, de Gil Baroni e Marcos Avellar; Cinderelas, lobos e um príncipe encantado, de Joel Zito Araújo; Contratempo, de Malu Mader e Mini Kerti; Estrada Real da Cachaça, de Pedro Urano; Jards Macalé - um morcego na porta principal, de Marco Abujamra e João Pimentel; Loki - Arnaldo Baptista, de Paulo Fontenelle; Morrinho - Deus sabe tudo mas não é X9, de Fábio Gavião e Markão Oliveira; Palavra (en)cantada, de Helena Solberg; Sentidos à flor da pele, de Evaldo Mocarzel, e Titãs - a vida até parece uma festa, de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves.

O Brasil marca sua presença no Festival de Biarritz, que vai ocorrer na França, entre os dias 29 de setembro e 5 de outubro. O evento, que está na 17ª edição, tem dois longas-metragens brasileiros competindo pelo prêmio máximo. Os Desafinados, do diretor Walter Lima Junior, e Estômago, do estreante Marcos Jorge foram os escolhidos para a lista de dez concorrentes ao Prêmio Abraço. O curta-metragem Café com Leite, de Daniel Ribeiro, e o documentário Entre a Luz e a Sombra, de Luciana Burlamaqui, também estão competindo, nas respectivas categorias. Além do Brasil, há outros países latino-americanos presentes, como Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Nicarágua, Venezuela, Paraguai, Peru e Uruguai.

O cineasta alemão Wim Wenders esteve no Brasil durante o mês de agosto para participar de uma série de eventos. O diretor de O Amigo Americano (1977) e Buena Vista Social Club (2006) esteve no Fronteiras do Pensamento, ciclo de seminários sobre estética e cultura contemporâneas, em Porto Alegre (18/08) e em Salvador (31/08), e foi sabatinado em evento promovido pela Folha de S. Paulo (22/08), do qual participou também o diretor Walter Salles.

Em todas as suas palestras e entrevistas, Wim Wenders comentou a importância de se produzir o que chamou de cinema "com forte sentimento de pertencimento local", ou seja, no sentido de que os filmes precisam contar histórias com identidade, que reflitam o próprio país e, não falar sobre enredos que poderiam acontecer em qualquer lugar.

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A rede Cinemark inaugurou no dia 22 um novo complexo de salas de cinema no shopping Cidade Jardim, na cidade de São Paulo. Nas novas salas servem-se vinhos e petiscos importados, que podem ser degustados no lounge ou ainda, dentro das salas. As cadeiras são de couro e possuem mesas acopladas, os lugares são marcados no momento da compra e o ingresso chega até 46 reais, mais caro do que a média de 12 reais, que está crescendo nos últimos anos. A novidade vai na contramão da quantidade de público de cinema, que está diminuindo, segundo dados da Ancine (Agência Nacional de Cinema) que registrou 10 milhões de espectadores no ano passado.

Fernando Bonassi, escritor, diretor e roteirista de cinema e TV, ministrou uma palestra sobre O Roteiro Cinematográfico no Brasil, ontem, na sede da Academia Internacional de Cinema (AIC), no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Bonassi falou do processo de realização de um roteiro, sobre sua trajetória profissional, além de exibir dois curtas-metragens que ele dirigiu e roteirizou O Amor Materno (1994) e O Trabalho dos Homens (1998).

As histórias de Os Matadores (1997), Beto Brant, Garotas do ABC (2003), Carlos Reichenbach, Cazuza - O Tempo Não Pára (2004), Sandra Werneck, e Carandiru (2003), Hector Babenco, foram escritas por Bonassi, em parceria com outros profissionais, porém ele afirma que não é autor dos longas, pois seu trabalho como roteirista é ajudar o diretor a contar a história que ele tem em mente.

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O juri do 36º Festival de Gramado, presidido por Ana Carolina e composto por Lina Chamie e Roberto Gervitz elegeu Nome Próprio como melhor filme. O Kikito de direção foi para Domingos de Oliveira, pelo longa Juventude. A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele, estreando na direção, recebeu o Prêmio Especial do Júri e os troféus de melhor filme segundo a crítica e o público.

Leandra Leal ganhou o prêmio de melhor atriz por Nome Próprio e Daniel de Oliveira, o de melhor ator por A Festa da Menina Morta.

Todos os demais prêmios da noite, entre seis longas nacionais, foram atribuídos aos filmes de Salles, Nachtergaele e Oliveira. Os concorrentes Netto e o Domador de Cavalos, de Tabajara Ruas, Pachamama, de Eryk Rocha, e Vingança, de Paulo Pons, não receberam nenhum troféu. Na disputa entre os cinco longas estrangeiros, o vencedor foi o mexicano Cochochi, produzido pelo ator Gael García Bernal e dirigido por Israel Cardenas e Laura Guzman. Carlos Moreno foi eleito o melhor diretor por Perro Come Perro.

Além dos prêmios de encerramento, o humorista Renato Aragão, também homenageado este ano no Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro, recebeu um Kikito especial na noite de abertura do festival. Walmor Chagas ganhou um troféu Oscarito pelo conjunto da obra e o cineasta Julio Bressane foi premiado com o troféu Eduardo Abelin.